terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Design é projeto, não ilustração

Recentemente acompanhei uma discussão, num grupo do Linkedin, que começava com a afirmação de que atualmente havia um certo "excesso de design" em muitos sites. Essa afirmação se referia, na verdade, ao excesso de elementos gráficos, tipos, cores, formas, ilustrações e imagens, em detrimento da qualidade da informação ou da função prática da página. Enfim, firulas demais e conteúdo de menos.
Mas será que podemos mesmo chamar todos esses excessos de "design"?

Menos é mais, acredite.

Esse "excesso de design" citado na discussão vem a ser, na verdade, um excesso de elementos estéticos desprovidos de função, e nenhum elemento deveria estar em uma interface sem possuir uma função definida. O design deve agregar apenas elementos que possuam um objetivo dentro da função do produto.
Em muitos casos, partir para o minimalismo e privilegiar a funcionalidade seria o ideal. O problema é que fazer o mais "simples" é sempre mais difícil. O excesso de recursos, de elementos estéticos ou de conteúdos vem justamente da falta de refinamento e da capacidade de sintetizar a mensagem, principalmente numa mídia tão efêmera como a web. Todo esses excessos mostram na verdade a falta de um design bem projetado.
Podemos dizer também que parte desse excesso advém da falta de parâmetro profissional para delinear projetos de forma concisa. Essa, na minha opinião, é uma das consequências da falta de uma regulamentação da nossa profissão.